Das pequenas gentilezas...

"Será simples surpreender,

basta reparar que a granola dela acabou e trazer um novo pacote do mercado.

Com certeza, os grãos formarão um buquê na xícara."

(Carpinejar)

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Inteligente, o rapaz...

Deixa o amanhã dizer...

Há algumas semanas venho estudando sobre Investimentos Financeiros, para fazer uma prova no trabalho e hoje me deparei com uma frase que chamou minha atenção (alguém mais consegue ver poesia no meio de um texto de Economia? Por favor, não me deixe delirar sozinha). Dizia assim:

"Correr risco é aceitar a possibilidade de perda".

Fiquei pensando em como isso se aplica em tantos aspectos da nossa vida! Quantas vezes preferimos não sair do lugar comum, por medo de não saber lidar com o novo, ou com essa possibilidade de perda.

Na maioria dos casos, o fazemos porque já fomos feridos demais e não suportaríamos outra dor, ou porque é mais cômodo, ou porque enfrentaríamos muitas opiniões contrárias. Eis que surge a seguinte pergunta: Mas e se isso mudasse a nossa "sorte"? E se nos deixasse maravilhosamente felizes? E se, passado o risco, saíssemos mais maduros e confiantes? E se ampliasse nossos horizontes?

Por estudar, desde pequena, em uma escola tradicional e ser educada assim, sempre tive o perfil "conservadora"(usando a classificação dos investidores), sempre soube onde colocar os meus pés, um de cada vez, tendo sempre a certeza de que o lugar era bem firme. Até chegar um dia em que tive que aprender que confiar só em mim e no que meus olhos viam já não dava mais certo... foi aí que passei a confiar em Alguém com uma visão maior que a minha.

Desde esse tempo, a cada dia, venho tentando tirar os pés do chão. Algumas vezes é difícil, exige esforço demais, é preciso força, equilíbrio. É preciso não olhar pra trás. É preciso se desvincular de pesos, pra seguir mais leve.

Mesmo que a corda balance um pouco e você sinta-se sozinho, mesmo que te olhem "torto" e não te entendam, se realmente vale a pena, se é isso que tem movido seu coração, tire os pés da base e ARRISQUE-SE... algo realmente bom te espera do outro lado!!!

E você, quem é?

A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Não tô fazendo nada agora, vou listar quem eu sou:

Eu sou primavera, disparado. Mas também outono, pois sempre é tempo de se renovar. Sou muito texto e poesia. Sou Ana Jácomo, Vinícius. Não sou ilha deserta: sou metrópole, mas com seus momentos de calmaria, de ruas desertas, de necessário silêncio.

Sou as histórias da minha infância. Sou as lições sempre certas da minha mãe. Sou cinema uma vez na semana. Sou sobremesa. Sou abraços repentinos, sem motivo aparente. Sou torta de morango. Sou Guaraná Antarctica. Sou crepe de camarão, as panquecas da minha mãe, lasanha e empadão. Sou sorvete de flocos e creme com passas. Sou cachorro-quente e azeitona. Com certeza não sou maracujá. Sou muuuuito chocolate, preto, branco ou os dois. Sou brigadeiro de panela. Do churrasco, sou o pão com alho e a picanha suculenta.

Sou livros. Discos. Dicionários. Revistas. Sou Bíblia. Já fui muito tevê, hoje só um pouco. Música. Música. Música. Cinema. Cinema. Cinema. Teatro.Sou os filmes que marcaram minha vida. Sou romance e comédia. Mais encontros e menos telefone. Sou mais dar que receber. Mais simplicidade que complicação. Sou lilás, preto, branco, amarelo, cor-de-rosa. Sou cabelo liso ou ondulado. Sou jeans. Sou vestido. Sou pés descalços na areia da praia. Sou avião. Sou ônibus. Sou carro. sou viagem.

Sou vento no rosto. Sou pôr do sol. Sou fotografia. Sou abajur. Sou língua estrangeira. Sou porta-retratos. Sou mar. Sou filme e edredom. Não sou novela. Sou sms de supresa. Nenhum pouco academia. Sou friozinho. Sou banho de chuva. Sou barulho da chuva pra dormir. Sou jogos e brincadeiras. Sou turma, sou amigos. Sou comemorar.

Sou mais dia que noite, mais flor que fruta, mais doce que salgado, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais água de coco que suco. Sou esmalte forte. Sou rímel e gloss. Não sou chapinha. Sou muito hidratante. Sou perfumes. Sou sapatilhas e sou salto alto. Não sou muito shopping. Sou livrarias. Sou parques.

Sou curiosidade. Sou alegria. Sou beijos, carinhos, elogios. Não sou perfeição. Sou constante evolução. Sou a eterna busca pela diligência. Não sou metódica. Não sou rotina. Sou sorriso.

Sou crescer...

[inspirado no texto de Martha Medeiros]

"A vida vai reger sua eterna sinfonia" (Toquinho)

"Deleita-te no Senhor e Ele concederá os desejos do teu coração" Sl 37:5

Hoje chorei ao ter notícias suas. Quem dera fosse choro alegre, daqueles que a lágrima cai quando o corpo, sem suportar mais tanta alegria, faz jorrar água das janelas dos olhos, como geralmente acontecia quando, ano passado, no meio das aulas, você dizia suas loucuras.
E como era legal te encontrar nas seg, qua e sextas e ver você saindo do seu lugar pra dizer que eu estava bonita e que um dia você ia me levar no interior pra cantar na sua igreja.
"Cantar, André? Mas eu não tenho voz pra cantar!" E você sorria e saía, como se não adiantasse te convencer do contrário, você acreditava que eu iria.

Hoje eu quis te lembrar mais forte e recordar de quando você contava da tua trajetória no sertão e de tudo que você fez pra chegar onde chegou, e de como você queria conhecer a França, viver lá. E pensar que lembrei de você lá, que falei em você lá!!!

Ah, André! Doeu demais saber... tá doendo! Hoje as lágrimas não são mais de rir das tuas loucuras e brincadeiras. Hoje não vou chorar com você, querido. Hoje choro por você...

* Tem dor que não dá pra explicar...